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Massagem Ayurvédica: os Benefícios da Automassagem

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Sneha é uma palavra sânscrita com vários significados. Em Ayurveda, é mais conhecida por aplicação de óleo no corpo. Contudo, esta palavra também significa afeto e amizade. A automassagem é uma das práticas mais bonitas que podes fazer por ti – uma verdadeira demonstração de amor-próprio cheia de benefícios para o corpo e para a mente.

 

 

A tradição ancestral da massagem ayurvédica (abhyanga)

Uma das coisas que mais me apaixona na medicina ayurvédica é o facto desta não ser uma moda. Existem textos ancestrais, redigidos há milénios, cujos ensinamentos persistiram até aos dias de hoje. A prática diária da massagem abhyanga é um desses ensinamentos e vem descrita desta forma:

 

O corpo de quem realiza regularmente massagem com óleo não é muito afetado, mesmo se sofrer um acidente ou estiver sujeito a um trabalho extenuante. A prática diária de abhyanga confere um corpo forte, charmoso, com um toque agradável e menos afetado pela velhice.1

 

A prática diária da massagem abhyanga, seguida de um banho, retarda a velhice e o agravamento do dosha vata, nutre o corpo em profundidade, promove o rejuvenescimento da pele e confere visão e sono de qualidade. É muito benéfica não só para pessoas saudáveis, ​​mas também para pessoas que sofrem de distúrbios do sistema nervoso, entre outros.2

 

Com uma prática tão simples e cheia de benefícios, é caso para dizer – uma massagem por dia nem sabes o bem que te fazia.

 

 

Qual a melhor hora do dia para realizar abhyanga?

Idealmente, a automassagem deve ser realizada todos os dias, após o exercício físico e antes do banho, como parte da tua rotina matinal ayurvédica.

 

Se trabalhas por turnos, faz a tua abhyanga depois de acordares, qualquer que seja a hora. Um dos benefícios da automassagem é revigorar o corpo estimulando a circulação venosa e linfática, o que te vai ajudar a manter-te desperto(a) todo o dia. Pela mesma razão, não se recomenda esta prática ao deitar, ao contrário do que algumas pessoas pensam.

 

 

Como fazer uma massagem ayurvédica a ti mesmo(a)?

Uma sessão de automassagem tem a duração aproximada de 15 minutos, por isso, não há desculpa possível para não cuidares de ti e manteres a velhice bem longe.

 

Recomendo que faças a tua massagem onde te sentires mais confortável. Eu gosto de estender uma toalha no chão da casa-de-banho – previne que fiquem gotinhas de óleo espalhadas por todo o lado.

 

Alguns pontos importantes antes de começar:

  • Não é necessária formação na área para realizar esta prática;
  • óleo de sésamo é o mais recomendado pelo Ayurveda, no entanto, também podes usar azeite virgem extra que tem propriedades semelhantes e é nacional;
  • Está presente de corpo e alma durante a sessão (mindfulness);
  • Não tenhas pressa e aproveita estes 15 minutos para meditar, focando-te nas sensações que o teu corpo te vai transmitindo ao longo da massagem.

 

Começa por aquecer ligeiramente um pouco de óleo ao lume ou em banho-maria até ficar morno (cuidado para não queimar). Deixa que as tuas mãos sigam a tua intuição, não esquecendo os pontos mais importantes:

  1. Pés e tornozelos – massaja bem entre os dedos e nas plantas dos pés;
  2. Pernas e joelhos – exerce alguma pressão, sente bem a consistência dos teus músculos;
  3. Barriga – massaja no sentido dos ponteiros do relógio, promovendo a regularidade do teu intestino;
  4. Região lombar – massaja no sentido descendente para pacificar o dosha vata;
  5. Região dorsal (a meio das costas) – dá o teu melhor, mesmo que chegues só com as pontinhas dos dedos;
  6. Mãos, pulsos e braços – semelhante ao ponto 2;
  7. Peito e ombros – podes massajar com movimentos circulares;
  8. Região cervical (pescoço) – esta é uma das zonas onde acumulamos mais tensão, por isso, massaja bem esta zona;
  9. Rosto – efetua movimentos circulares, estimula a circulação e reduz as rugas. A massagem nas têmporas e nas orelhas sabe muito bem;
  10. Cabeça (podes reservar esta parte para os dias em que lavares o cabelo) – aplica alguma pressão e, se tiveres o cabelo comprido, dá pequenos puxões de forma a aumentar o aporte de oxigénio no cérebro.

 

Termina a massagem com um duche quente, aplicando sabão apenas nas zonas que considerares indispensáveis – a ideia é que fique uma fina camada de óleo na pele durante todo o dia.

 

Quando iniciei a minha jornada ayurvédica, questionava-me muitas vezes o seguinte: como é que ensinamentos tão antigos chegaram aos dias de hoje praticamente inalterados? Se queres saber a resposta, experimenta aplicar estes ensinamentos no teu dia-a-dia e deixa-te surpreender com a sua eficácia. Se não sabes por onde começar, convido-te a particiares na próxima edição do Curso Ayurveda Online.

 

Com amor,
Mafalda

 


A informação apresentada é meramente informativa, de índole genérica, não contendo uma análise exaustiva de todos os aspetos dos temas analisados, pelo que não substitui aconselhamento especializado.

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1 - Charaka Samhita, mais informação disponível em goodreads.com
2 - Vagbhata's Ashtanga Hrudayam, mais informação disponível em books.google.pt